Deepfakes de celebridades: Justiça mantém prisão de influenciadora alvo de operação contra golpes digitais em Piracicaba

  • 02/10/2025
(Foto: Reprodução)
Japa tinha sua massa de seguidores utilizada para crimes virtuais, segundo a polícia Reprodução A Justiça manteve a prisão da Laís Rodrigues Moreira, conhecida como Japa, que foi alvo de uma operação contra o uso de vídeos falsos (deepfakes) de celebridades para aplicar golpes digitais. Durante a ação, a mãe dela também foi presa e foram apreendidos um carro e três motos de luxo na casa da influenciadora. Saiba quem é Japa, influenciadora presa em operação A audiência de custódia de Japa foi realizada nesta quinta-feira (2). "Trata-se de cumprimento de mandado de prisão, portanto, a audiência de custódia foi apenas para verificar se alguma ilegalidade foi cometida no ato da prisão e ela segue presa", informou a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). Influenciadora de Piracicaba é alvo de operação contra crimes com uso de deep fake Entenda as investigações Investigações apontam movimentação atípica de R$ 15 milhões nas contas bancárias de Japa e de sua mãe em um período entre seis meses e um ano. A influenciadora tem 123 mil seguidores no Instagram. Nele, ela ostenta fotos em motos e carros de luxo, mansões e embarcações. Siga o g1 Piracicaba no Instagram 📲 De acordo com as investigações, Japa ajudava a impulsionar os golpes e, também, a promover jogos de azar ilegais. "Ela se vincula a eles ou os criminosos, estelionatários se vinculam a ela para usar essa massa de seguidores dela e atingir um número muito maior de potenciais vítimas", explicou o delegado Filipe Borges Bringhenti. Influenciadora Laís Rodrigues Moreira, conhecida como Japa Reprodução O que diz a defesa A defesa da Laís manifestou "surpresa e irresignação" diante do cumprimento dos mandados judiciais. "Especialmente porque, até o presente momento, [a defesa] não teve acesso à decisão judicial que determinou sua prisão, o que impede o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa — fundamentos basilares do Estado Democrático de Direito", acrescentaram os advogados Felipe Cassimiro Melo de Oliveira e Matheus Bottene Pacifico, em nota. Também conforme os defensores, ela jamais evitou colaborar com qualquer investigação e, se intimada, teria se apresentado espontaneamente para prestar os esclarecimentos. "Assim, a medida extrema e precoce de privação da liberdade revela-se, em nossa visão, desproporcional e contrária ao espírito da Constituição da República, que consagra a liberdade como regra e a prisão como exceção. Confiamos na Justiça e acreditamos que, tão logo os fatos sejam devidamente apreciados sob o crivo do devido processo legal, a revogação da prisão se imporá como imperativo da razão jurídica e da prudência institucional", acrescentaram. Polícia apreende motocicletas e carro em casa de influenciadora digital de Piracicaba durante operação contra crimes cibernéticos Gustavo Nolasco/EPTV Como funcionavam os golpes? Segundo as investigações, o grupo utilizava tecnologia de inteligência artificial para criar deepfakes de celebridades como a modelo Gisele Bundchen, da ex-BBB Juliette, da apresentadora Angélica e de Sabrina Sato – para enganar pessoas com vendas fraudulentas de produtos pela internet. Os vídeos falsos eram usados para promover produtos inexistentes como kits de cosméticos e ofertas fraudulentas, levando as vítimas a realizarem pagamentos via PIX. Segundo investigação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em um desses vídeos, os criminosos usaram a imagem da modelo Gisele Bündchen supostamente anunciando uma promoção em que estariam sendo dadas malas de viagem. O produto seria de graça, mas era necessário pagar o frete. Os interessados eram levados para um site alterado para parecer legítimo onde eram feitos os pagamentos. No entanto, após os valores serem pagos, quem pagou não recebia o produto – era dessa forma que os estelionatários lucravam. O dinheiro caía em contas de fachada. "O que chamou a atenção dos investigadores não foi apenas o valor relativamente baixo do prejuízo, R$ 44,57 cobrados como ‘taxa de frete’, mas a sofisticação técnica por trás do golpe. Os criminosos haviam criado um vídeo com ‘deepfake’ da imagem e voz de Gisele Bündchen, fazendo parecer que a modelo estava realmente promovendo o produto inexistente", conta a delegada Isadora Galian. Segundo a polícia, os criminosos montaram uma espécie de engenharia digital, com uso de inteligência artificial para criação de conteúdo falso até lavagem de dinheiro. O esquema utilizava empresas fantasmas, contas com nomes de "laranjas", incluindo idosas de 80 a 84 anos, e gateways de pagamentos fraudulentos. Grupo suspeito de usar vídeo com 'deepfake' da modelo Gisele Bündchen para aplicar golpes com vendas de produtos é alvo de operação policial no RS Reprodução Balanço da operação A Operação Modo Selva ocorre nos estados de Rio Grande Sul, Santa Catarina, São Paulo, Bahia e Pernambuco. As ações envolveram equipes da Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais (Dicesp) e do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos Dercc). Foram expedidos pela Justiça nove mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva, além do sequestro e bloqueio de 10 veículos, e de 21 ativos, investimentos ou aplicações, contas bancárias e carteiras de criptoativos. No interior de São Paulo, foram cumpridos cinco mandados de prisão e de busca e apreensão em Piracicaba (SP) e Hortolândia (SP). Os valores obtidos com o esquema podem chegar a R$ 210 milhões. Polícia cumpre mandados de busca e apreensão em condomínio de Piracicaba Gustavo Nolasco/EPTV Como não cair em golpes A Polícia Civil alerta a população sobre os sinais de golpes digitais que utilizam deepfakes: Desconfie de promoções "imperdíveis" protagonizadas por celebridades Verifique sempre a autenticidade dos perfis que divulgam ofertas Pesquise a reputação da empresa em sites como Reclame Aqui antes de comprar Nunca forneça dados pessoais ou realize pagamentos sem confirmar a legitimidade da oferta Denuncie imediatamente qualquer suspeita de golpe, mesmo que o valor seja baixo Sobre denúncias, a Polícia Civil enfatiza que “uma das descobertas mais preocupantes foi constatar que a grande maioria das vítimas jamais denunciava os golpes”. VÍDEOS: tudo sobre Piracicaba e Região o Veja mais notícias sobre a região na página do g1 Piracicaba.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2025/10/02/deepfakes-de-celebridades-justica-mantem-prisao-de-influenciadora-alvo-de-operacao-contra-golpes-digitais-em-piracicaba.ghtml


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