Venda de carvão aumenta 30% em setembro no RS; crescimento é impulsionado pelas comemorações da Semana Farroupilha
17/09/2025
(Foto: Reprodução) Aumenta consumo de carvão em setembro no RS
O mês de setembro é o segundo período do ano em que mais se consome carvão vegetal no Rio Grande do Sul. O aumento médio nas vendas chega a 30%, impulsionado pelas comemorações da Semana Farroupilha, quando o churrasco é tradição nos piquetes do Acampamento Farroupilha e em encontros em todo o estado.
No parque Mauricio Sirotsky Sobrinho, em Porto Alegre, os assadores trabalham em ritmo intenso.
“Todo dia churrascada, da manhã à noite, até dia 21. Em média, são 25 a 30 costelões por dia. Já assamos mais de meia tonelada de carne”, contou o assador William San Martin.
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Segundo o assador, o consumo de carvão também impressiona.
“A gente usa, em média, uns 8 a 9 sacos de carvão grande por dia. Mas isso depende do vento, né? Tem dias que tem mais vento, acaba consumindo um pouco mais. O carvão faz a brasa e a lenha a gente deixa pra defumar, pra dar o gostinho do nosso churrasco”, explicou.
Entre os participantes, o estoque precisa ser reforçado constantemente:
“Quem assa o churrasco é o fogo. A gente só vira espeto. E nunca há o carvão que chega. Por mais que faça as contas, sempre vai faltar”, disse o administrador Bernardo Viterbo.
A demanda maior movimenta as empresas de Brochier, no Vale do Caí, considerada a capital do carvão vegetal. O município concentra 22 indústrias do setor. Só uma delas empacota em média 400 toneladas por mês.
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De acordo com o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Brochier, João Roque da Rosa, a modernização no processo de produção também trouxe ganhos:
“Foi necessário instalar chaminés nos fornos para reduzir a emissão de gases. E isso trouxe um acréscimo na produção de carvão, com mais qualidade e até 40% a mais de renda”, afirmou.
O setor reúne 1.358 produtores no estado. Parte da produção abastece o mercado gaúcho e outra vai para fora.
“Vai para o Rio Grande todo, vai para o litoral, para redes de mercado, para o Paraná, Santa Catarina e também é exportado hoje para os Estados Unidos, para New Jersey e Los Angeles. É um negócio em expansão”, destacou Valmor Griebeler, presidente da Associação dos Produtores e Empacotadores de Carvão Vegetal do RS.
Além de setembro, o outro período de maior consumo é o fim de ano, quando a demanda dobra no Natal e no Ano Novo. Para dar conta, as empresas trabalham com seis meses de antecedência.
Carvão
Reprodução/ RBS TV
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